FRONTEIRAS MOLHADAS: UMA NECESSIDADE DE MUDANÇA DE PERSPECTIVA DO OLHAR NA GESTÃO DE SEGURANÇA FRONTEIRIÇA BRASILEIRA.

<p>Esse trabalho é fruto das pesquisas de graduandos em Defesa e Gestão Estratégica Internacional da UFRJ que vem tentando delinear elementos de governança das áreas aquáticas brasileiras (sejam oceânicas, fluviais, ou portuárias). As pesquisas são realizadas no grupo de Gestão de Segurança e Defesa, vinculado ao Laboratório de Estudos de Segurança e Defesa (LESD/IRID/UFRJ). O recorte a ser apresentado seria uma necessidade de análise da gestão nas fronteiras molhadas brasileiras. Pretendemos, através de referências bibliográficas e documentais, propor uma análise da gestão e elaboração de políticas públicas de segurança nas faixas de fronteira brasileiras demarcadas por grandes rios e lagos, propondo de modo complementar a necessidade de construção de um conceito específico de “fronteiras molhadas”. Como uma etapa posterior, o intuito é mapear não apenas o controle das atividades ilícitas nessas áreas e principais atores, mas também ressaltar a diferença nos <em>modus operandis</em>, por ser essa uma área de fronteira com características de ambientes molhados. A escolha do recorte geográfico para a análise foi definida pela relevância, sendo então selecionadas as três principais redes fluviais que compõem as fronteiras brasileiras: as Bacias Amazônica, Pantaneira e Platina. Nesse artigo, o ponto inicial será um mapeamento de aspectos históricos da construção das fronteiras no Brasil; seguido de um estudo dos documentos estratégicos, programas ou projetos para fronteiras, tentando mapear se há um olhar específico para áreas molhadas. Uma terceira etapa seria avaliar aspectos ambientais e as dinâmicas socioeconômicas desses espaços que compõem o recorte geográfico escolhido. Por fim, propõe-se um estudo das singularidades dessas regiões considerando compreender complexidades que envolvem a gestão de segurança nessas fronteiras com grandes áreas molhadas.</p&gt