O impacto da formação dos gestores no uso de instrumentos de gestão nas MPEs: Evidência empírica da realidade brasileira.

O setor de micro e pequenas empresas (MPE) exerce uma força na economia do Brasil, tanto por sua participação no resultado do PIB (produto interno bruto) tanto por sua expressiva massa de pessoas com carteira assinada (emprego formal). Não é errado afirmar que a base da economia está sustentada nesse pilar. Apesar de ser um setor expressivo e ter o apoio do governo brasileiro para manter vigoroso este setor da economia, não é raro observar, que muitas dessas empresas encerram suas atividades até o quinto ano de vida. Esta dissertação tem como proposta verificar se o fato exposto tem relação com o nível de educação formal dos seus gestores, fazendo com que a baixa escolaridade impacte nos resultados das MPEs. Este comportamento faz com que as MPEs não utilizam ferramentas de gestão o que as deixa vulneráveis as variações da economia e do mercado. Para a investigação do problema, foi elaborado um questionário e enviado por redes sociais. O público alvo foi de empresários de MPE com ou sem educação formal. Foi possível identificar a relação de grau de escolaridade desses empresários com o uso de instrumentos de gestão e quanto maior é este grau mais o planejamento estratégico é feito. Outro ponto importante observado está na probabilidade de uso do BSC, em relação ao grau de formação do empresário. A falta de tempo do empresário de MPE, para dedicar alguns minutos do seu dia, a fim de responder a pesquisa, foi um dos fatores limitantes para este trabalho, aumentando o grau de dificuldade em conseguir um número expressivo de amostras. A proliferação de pessoas que saíram da informalidade e passaram a ter um CNPJ através do MEI, deve servir para futuras investigações, na tentativa de verificar o impacto que este novo segmento pode gerar na economia brasileira