Dinâmica do carbono em um Neossolo Quartzarênico do sudeste da Amazônia.

A dinâmica temporal do carbono orgânico em solos sob floresta primária é teoricamente aceita como em estado estável porque as adições compensam as perdas ao longo do tempo. No Juruá - Acre essa dinâmica em solos sob cultivo agrícola em relação à floresta primária não é conhecida. O trabalho foi realizado para avaliar a dinâmica temporal do carbono orgânico em um Neossolo Quartzarênico do município de Mâncio Lima - Acre submetido ao cultivo com mandioca em plantio direto e com solo gradeado nos seguintes sistemas de manejo: testemunha, mucuna e mucuna+calcário, em comparação ao solo sob floresta primária. No quarto ano de condução do experimento com plantio direto, o teor do carbono orgânico do solo da floresta primária foi ultrapassado em mais de 8 % pelo teor da mucuna+calcário na camada de 0-20 cm. O mesmo não aconteceu no solo sob grade nessa mesma camada do solo. Os sistemas testemunha e mucuna em ambos os sistemas de preparo do solo (plantio direto e com grade) parecem estar em estabilização ou mesmo ainda perdendo carbono orgânico, sendo verificado o mesmo na mucuna+calcário com grade. As dinâmicas de perdas de carbono orgânico do solo da camada de 0-20 cm parecem estar contribuindo com a sua descida na forma solúvel, o que pode estar associado à granulometria desse Neossolo, facilitando essa descida