The medicalization of school failure: narratives from medical, educational professionals and parents

A presente pesquisa aborda diferentes questões ligadas ao fracasso escolar, quais sejam, a medicalização e a patologização dos processos educativos e comportamentos tidos como inadequados. Buscou-se na História da Educação do Brasil, na fenomenologia de Husserl, e na arqueologia de M. Foucault, matrizes filosóficas e ideológicas que suscitam a compreensão desses fenômenos como causadores dos índices alarmantes na transformação de questões escolares em problemas de saúde, tais como o uso abusivo de substâncias psicoativas (particularmente o metilfenidato), tratamentos psiquiátricos, neurológicos, neuropsicológicos e psicoterapêuticos, quando, por vezes, tais demandas estão ligadas ao processo de ensino-aprendizagem. Para tanto, foi utilizada a metodologia da História Oral de Vida, operacionalizada por meio de narrativas dos atores envolvidos neste processo. Os resultados mostraram uma necessidade premente de revisar a formação básica de professores, pedagogos, psicólogos e médicos para que seja produzido um novo entendimento sobre os processos medicalizantes.This research addresses different issues related to school failure, namely, the medicalization and pathologization of educational processes and behaviors considered inappropriate. We sought at the Brazillian School History, in the phenomenology of Husserl and in the archeology of M. Foucault, ideological matrices that raise these phenomena as the cause of alarming rates in the transformation of school issues into health problems, such as the abusive use of psychoactive substances (particularly methylphenidate), psychiatric, neurological, neuropsychological and psychotherapeutic, when, sometimes, such demands are linked to educational process. The methodology of the Oral History of Life was used, through narratives of the people involved in this process, as students, teachers and parents. The results showed an urgent need to review the basic training of teachers, pedagogues, psychologists and physicians in order to produce a new understanding of medicalizing processe