O que cabe dentro do meu tempo? Discutindo a imaginação e criação no desenvolvimento humano

O presente trabalho discute a função social dos espaços formativos – escola e programas extracurriculares e como os mesmos ocupam o tempo e espaço da criança. No decorre do texto, debate-se a importância do espaço para que as crianças sejam ouvidas como indivíduos possuidores de direitos e deveres na participação ativa da vida e que devemos valorizar seus desejos, sua autonomia e suas problemáticas. Na sociedade capitalista, temos a escola centrada no controle social da aprendizagem. Essa ideia de controle se faz por meio de enquadramento do tempo e do espaço do cotidiano escolar da criança. Este trabalho é de cunho etnográfico que Magnani (2002) denomina de olhar de perto e de dentro, a partir das narrativas autobiográficas que se comprometem com um processo de reflexão sobre o tempo e o espaço vivenciados em instituições de cunho formativo. O trabalho busca trazer à discussão acadêmica, com base na teoria histórico cultural de Vygotski, a diversidade de olhares que podem ser lançados para o processo formativo de crianças como um lugar de acolhimento, de criação de necessidades, de atividades que estimulem a realização de possíveis interesses. Discute-se teoricamente como estimular e permitir que a criança gere suas próprias necessidades para que a imaginação e a criação impulsionem o seu desenvolvimento humanoCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorThe following work discuss how the educational places (such as: schools and extracurri cular programs) occupies the space and time of children lives, and as doing so, what is t he social function of these places. Along the text I defend the centrality of listen to these children as people with rights and responsibilities, valuing their desires, autonomy and p aying attention to their problems and own questions. In the capitalism system the school takes an important place as ruling and controlling the act of learning. Schools dictate lea rning by the division and control of children space and time. I choose an ethnographic l ook of my trajectory on educational spaces, doing an autobiographic work, what Magna ni (2002) could call looking closely from inside. Using Vigotski’s cultural-historical theo ry this work aims to bring different possibilities of looking to children educative process . It interest me to think the educative process in ways that can encourage the children to do their best interest, creating their own sense of necessities in a way that their imaginat ion and creativity can impulses their development86 f