Modelo de previsão do teor de hidrogênio no aço em corridas não desgaseificadas

O hidrogênio pode causar diversos defeitos durante o processo de fabricação do aço. Esses defeitos variam de bolhas, “pinholes” e rompimento de pele no lingotamento continuo. Além disso, segregação e fragilização podem ocasionar trincas, escamas ou bolhas. Esses problemas resultam em perdas de produção, custos com manutenção de equipamentos e necessidade de retratamento do aço. Em alguns casos levam ao sucateamento do aço. Embora a desgaseificação a vácuo controle efetivamente o teor de hidrogênio no aço, ela apresenta custos adicionais que não são justificáveis para muitos produtos. O objetivo desse trabalho é identificar as principais fontes de hidrogênio no aço líquido na Aciaria da Ternium Brasil e elaborar um modelo capaz de decidir a necessidade de medição de hidrogênio durante o processo com foco em aços em que a desgaseificação a vácuo não é uma especificação. É essencial para esses aços garantir um nível controlado de hidrogênio para evitar problemas, principalmente no lingotamento. Uma vez que essas fontes são identificadas, o modelo é desenvolvido para prever o teor de hidrogênio no início do tratamento no refino secundário. Com base no modelo, propõe-se que o hidrogênio seja medido ou não nesta etapa para decidir se a desgaseificação a vácuo é necessária para garantir a segurança no lingotamento.Hydrogen may cause several problems during steel processing. Issues caused or enhanced by hydrogen range from different types of bubbles such as pinholes to break out during continuous casting. Further down the line, segregation and embrittlement may lead to cracking such as flaking or blistering. These problems impact plant productivity and have cost impacts on equipment maintenance and the need for additional steel treatment. Some of the problems lead to scraping. Although vacuum degassing effectively controls the hydrogen content of steel, it introduces additional costs that are not justifiable for many products. This work aims first to identify the main sources of hydrogen in liquid steel in the Ternium Brazil steelmaking plant and propose a model to decide the need for hydrogen measurement for the degassing process, focusing on steels for which vacuum degassing is not a specification requirement. It is essential for these steels to guarantee a controlled level of dissolved hydrogen to avoid problems, mostly at the casting. Once these sources are identified, a model is developed to predict the hydrogen content at the beginning of the secondary metallurgy treatment. Based on the model, it is proposed that hydrogen should be measured or not at this step to decide if vacuum degassing is required to assure safety in casting.54 p