Ecocardiograma fetal: estudo comparativo entre as prevalências do grupo de baixo e alto risco: um exame que deve ser realizado como rotina nos pré-natais?

por falta de diagnóstico precoce, transporte adequado e vagas em Unidades de Terapia Intensiva. Diante disso, é importante que o diagnóstico da cardiopatia seja feito na fase pré-natal. Essas cardiopatias podem ser detectadas através de exames ultrassonográficos de rotina do pré-natal e muito mais bem avaliadas através do ecocardiograma fetal. No entanto, o ecocardiograma fetal tem suas indicações restritas a grupos de alto risco. Objetivo: Analisar a prevalência de cardiopatia fetal em pacientes de baixo e de alto risco; avaliar se há correlação entre algum tipo específico de cardiopatia congênita com algum fator de risco; e identificar os fatores de risco mais frequentes e as cardiopatias fetais mais prevalentes. Métodos: Foi feito um estudo retrospectivo com análise de 1221 exames de gestantes que realizaram ecocardiogramas fetais, sendo 559 exames de gestantes de baixo risco e 662 exames de pacientes de alto risco de cardiopatia fetal no período de junho de 2014 a junho de 2015. Foram analisados idade da gestante no momento do exame, os motivos da realização do ecocardiograma fetal e os resultados. A análise e tabulação dos dados foram realizadas nos programas computacionais em softwares Excel® e Stata®.Resultados: A comparação entre os grupos mostrou uma prevalência de 21% de cardiopatia no grupo de alto risco para 6% de cardiopatia no grupo de baixo risco (Teste de χ2 de 50,28 e p<0,001). Na análise de regressão logística para cardiopatia fetal segundo fatores de risco mostrou que os fatores fetais (suspeita de cardiopatia; alteração extracardíacas e translucência nucal aumentada na ultrassonografia de rotina) e diabetes gestacional foram os fatores de risco com maior relação com cardiopatia fetal. Das gestantes com diabetes gestacional, 26% apresentaram hipertrofia septal. Conclusão: Há relação entre diabetes gestacional e hipertrofia septal. Os fatores maternos foram os mais frequentes, mas os fatores fetais foram os que apresentaram maior relação com a detecção de cardiopatia fetal. Houve diferença significativa entre as prevalências dos grupos. Dessa forma, não há a necessidade do ecocardiograma fetal ser realizado como rotina nos pré-nataislack of early diagnosis, adequate transportation and vacancies in intensive care units. Therefore, it is important that the diagnosis of heart disease is made in the prenatal stage. These diseases are detected by ultrasound exams of routine prenatal care and better assessed by fetal echocardiography. However, fetal echocardiography has its indications restricted to high-risk groups. Objective: To analyze the prevalence of fetal heart disease in patients with low and high risk; assess whether there is a correlation between a specific type of congenital heart disease with some risk factor; and identify the most common risk factors and the most prevalent fetal heart defects. Methods: A retrospective study was performed. We analyzed 1221 examinations of pregnant women who underwent fetal echocardiography, with 559 exams of low-risk pregnant women and 662 examinations of high-risk fetal heart disease during June 2014 to June 2015. We analyzed the pregnant woman's age at the time of examination, the reasons for performing fetal echocardiography and its results. The analysis and tabulation of the data were performed in computer programs Excel® and Stata® software. Results: The comparison between the groups showed a prevalence of 21% of heart disease in high-risk group for 6% of heart disease in low-risk group (Test χ2 of 50.28 and p