A estética da interatividade: As aproximações estético-narrativas entre cinema e jogos eletrônicos e o surgimento de mídias híbridas hipotéticas

Este trabalho se propõe a analisar a cada vez maior aproximação das linguagens narrativas e visuais do cinema e a dos jogos eletrônicos, buscando suas possíveis causas, analisando sob quais formas ocorre a fim de refletir sobre os prováveis caminhos para uma aproximação ainda maior entre narrativas cinematográficas com experiências interativas no futuro. Esta pesquisa apresenta um breve panorama histórico da evolução dos jogos eletrônicos do ponto de vista tecnológico e estético como forma de embasar a discussão sobre a elegibilidade dos mesmos como forma de arte. Esta discussão é expandida ao se destrinchar os aspectos fundamentais que compõe as estéticas dos filmes e dos jogos, o que as aproxima e afasta, a fim de refletir sobre as possibilidades de uma definição fixa do que seria uma estética da interatividade. Estas discussões embasam as ponderações sobre o futuro das narrativas interativas, e como elas são simultaneamente impulsionadas e limitadas pelas mídias atualmente disponíveis. Por fim, analisa-se o jogo eletrônico L.A. Noire, elencado por sua relevância em meio às discussões do tema, de modo a colocar tais ponderações sobre o futuro em perspectiva ao que já foi possível ser alcançado, e ao que ainda é muito limitado.This study seeks to analyze the increasing approximation of cinema’s narrative and visual languages and the ones of videogames, seeking its possible causes and analyzing the ways that it occurs in order to reflect on the probable paths for an even greater approximation between film-like narratives and interactive experiences in the future. This research presents a brief historical overview of the evolution of videogames from both a technological and aesthetic point of view as a way of supporting the discussion about their eligibility as an art form. This discussion is expanded by unraveling the fundamental aspects that make up the aesthetics of films and games, what brings them together and what distances them, to reflect on the possibilities of a certain definition of what would be the aesthetics of interactivity. These discussions underpin the considerations about the future of interactive narratives, and how they are simultaneously driven and constrained by currently available media. At last, the videogame L.A. Noire is analyzed, chosen for its relevance in the midst of discussions on the matter, in order to put such considerations about the future in perspective to what has already been achieved, and what is still being limited.15