Abandono Afetivo : a possibilidade de se desobrigar da responsabilidade em face aos pais omissos

O presente trabalho de conclusão de curso diz respeito a possibilidade dos filhos adultos se desobrigarem de pagar pensão alimentícia aos pais que foram omissos durante sua infância e vida. A família tem sua ascensão a partir do século XIX, como um modelo usado como referência que influenciou as constituições familiares por muitas décadas. O trabalho tem por objetivo descrever alguns dos novos modelos familiares que compõem a sociedade contemporânea, enfatizando o afeto como principal laço para a formação da entidade familiar e demonstrar as consequências que o abandono afetivo pode trazer aos indivíduos. Assim, trouxemos algumas questões importantes no que se refere ao desenvolvimento psíquico do sujeito e a composição dos vínculos, elementos primordiais que se colocam no seio familiar. Trazemos um breve relato sobre o conceito e evolução da família. A afetividade chega na instituição familiar e modifica sua formação, afastando todo o tradicionalismo, dando lugar a novas formas de constituir família e novos litígios que apenas a lei não tem subsídio suficiente para resolver. A questão que abordamos ao longo do trabalho diz respeito a influência do afeto nessas relações e o que a falta dele pode causar, bem como, a obrigação de suprir necessidades a pais que não foram presentes em sua vida. Nesse sentido, pesquisamos, refletimos e descrevemos alguns fatos que ao longo do tempo modificaram a sociedade, trazendo novas formas de pensar e agir, fatores que contribuíram para a aparição de novas discussões em torno de obrigações e deveres familiares.The present course conclusion work concerns the possibility of adult children to be released from paying alimony to parents who were neglectful during their childhood and life. The family has its rise from the 19th century onwards, as a model used as a reference that influenced family constitutions for many decades. The work aims to describe some of the new family models that make up contemporary society, emphasizing affection as the main bond for the formation of the family entity and demonstrating the consequences that affective abandonment can bring to individuals. Thus, we brought up some important questions regarding the subject's psychic development and the composition of bonds, primordial elements that are placed within the family. We bring a brief report on the concept and evolution of the family. Affectivity arrives at the family institution and modifies its formation, removing all traditionalism, giving rise to new ways of constituting a family and new disputes that the law alone does not have sufficient support to resolve. The issue that we address throughout the work concerns the influence of affection in these relationships and what the lack of it can cause, as well as the obligation to meet the needs of parents who were not present in their lives. In this sense, we research, reflect and describe some facts that over time have changed society, bringing new ways of thinking and acting, factors that contributed to the emergence of new discussions around family obligations and duties.4