Estórias marcadas de resistência: experiências de vida de mulheres militantes na Paraíba

Na sociedade capitalista podemos identificar que as relações de classe, de raça e de gênero fundamentam-se em exploração e opressão, expressando-se e reproduzindo-se por meio da lei e da violência do Estado e, das relações criadas a partir destas. O trabalho político realizado pelas mulheres é limitado e confrontado por aspectos que estruturam a sociedade de classes. Quando observamos o trabalho reprodutivo e o trabalho produtivo, percebemos que homens e mulheres inserem-se nestas atividades de forma desigual. Isto porque, a participação precarizada das mulheres no trabalho político, no trabalho produtivo e no trabalho reprodutivo possui relação direta com a divisão de espaços sociais baseadas no sexo. As mulheres que realizam o trabalho político e constroem-se neste meio enquanto referências políticas centrais para as ações de mobilização e de formação de consciências, enfrentam contradições nestes espaços que refletem as imbricadas características da sociedade. A partir das histórias de vida, da pesquisa bibliográfica e das entrevistas, investigaremos como se construíram as mulheres que realizam trabalho político a partir de suas trajetórias pessoais. Compreendendo a importância da superação da atual condição de papel feminino tradicional, para o fim da opressão sobre a mulher, o estudo desta categoria é necessário para o avanço de sua inserção na vida política. Com as narrativas as mulheres reconstroem-se e revelam sua fragilidade e sua resistência para superação de limitações que lhe foram impostas desde a infância, chegando até as suas perspectivas atuais apresentam como provocam rupturas e, como criam estratégias de participação e de transformação socialIn capitalist society we can identify that class, race and gender relations are based on exploitation and oppression, expressing themselves and reproducing themselves through the law and the violence of the State, and the relations created from them. Women's political work is limited and confronted by aspects that structure class society. When we look at reproductive work and productive work, we realize that men and women engage in these activities in an unequal way. This is because the precarious participation of women in political work, productive work and reproductive work is directly related to the division of social spaces based on sex. Women who carry out the political work and build themselves up in this medium as central political references for the actions of mobilization and formation of consciences face contradictions in these spaces that reflect the imbricated characteristics of the society. Based on life histories, bibliographical research and interviews, we will investigate how the women who carry out political work from their personal trajectories were built. Understanding the importance of overcoming the current condition of traditional feminine role, to the end of oppression on women, the study of this category is necessary for the advancement of its insertion in political life. Through the narratives, women rebuild themselves and reveal their fragility and their resistance to overcoming the limitations that have been imposed from childhood. Then, they reach perspectives which show how they bring about ruptures and how they create strategies of participation and social transformation134 f