ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO FRENTE AO LUTO NO CONTEXTO DA PANDEMIA DO COVID-19: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

INTRODUÇÃO : A morte acompanha todas as pessoas desde a pré-história, o homem desenvolveu sistemas de se relacionar com esse aspecto, mesmo assim, ainda hoje é sinal de espanto para muitos. O homem é o único ser vivo que tem consciência da sua própria morte. É necessário aprender a lidar e compreender o problema da morte e o processo de elaboração do luto, sem esquecer a fase seguinte a perda. Situada no ambiente hospitalar, a equipe de enfermagem mantém uma relação diferenciada com os pacientes que vivenciam a terminalidade e seus familiares. Enfermeiros são os profissionais de saúde que mais se mantêm em contato direto e prolongado com esses pacientes, sendo os primeiros que atendem suas necessidades e que, consequentemente, estabelecem vínculos afetivos. Essa proximidade tanto pode ser benéfica para o cuidado, como pode torná-los vulneráveis ao estresse laboral. Por isso torna-se relevante investigar os modos como significam a morte. O novo coronavírus (SARS-COV-2), intitulado COVID-19, se alastra por todo o mundo, alcançando caráter pandêmico a partir do mês de março, declarado pela OMS. Por ser um novo tipo de vírus, diversos cientistas mundiais passaram a estudar acerca da fisiopatologia da doença e como ele reagiria em cada conjunto de indivíduos. Com a sua propagação rápida, o COVID-19 levou todo o mundo a sofrer com sua disseminação, aumento das internações hospitalares, agravamento dos pacientes e óbitos acima do esperado.OBJETIVO: Relatar a experiência de um enfermeiro frente ao luto no contexto da pandemia do COVID-19. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, tipo relato de experiência, elaborado no contexto Hospitalar no Município de Campina Grande- PB. RESULTADOS: Com a pandemia, houve um aumento considerável de pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e dessa forma, os óbitos se tornaram mais frenquentes. A própria formação do enfermeiro não lhe proporciona um preparo para lidar com a morte, pois esta é considerada um fracasso, podendo aparecer na equipe de saúde sentimento de impotência, raiva e fragilidade. Esses sentimentos podem influenciar o profissional na tomada de decisões, já que o enfermeiro é induzido ao paradigma do cuidar e do curar. O nível de estresse foi relatado durante os plantões, diante de tantas perdas e do luto vivenciado diariamente. Momentos de tristeza retratavam o trabalho do enfermeiro, se sentindo incapaz de lidar com a morte. Diante da necessidade, o mesmo procurou o serviço psicológico do hospital para apoio laboral. CONCLUSÃO: Os profissional de enfermagem necessita de um suporte emocional para lidar com a morte de forma mais humanizada e harmoniosa, assistindo as reais necessidades do paciente terminal e dos seus familiares