Métodos de ensino: as instruções e a descoberta serão inconciliáveis?

Neste capítulo é analisada a controvérsia entre o método da descoberta, sustentado pelas teorias construtivistas e sócio-construtivistas, e os métodos diretivos, defendidos pelos autores ligados à psicologia cognitiva. São apresentados os pontos de vista de cada uma das perspetivas, ao mesmo tempo que se chama a atenção para a necessidade de se estabelecer um diálogo entre elas. A autora analisa como este diálogo tem sido construído, esbatendo as diferenças entre os defensores de cada uma das posições. Mais do que ser crítico ou apologista de cada um dos métodos, da descoberta ou diretivo, será preferível implementar investigações que possibilitem sustentar boas práticas educativas. Ao admitir que as orientações são necessárias para uma instrução efetiva, autores de ambos os lados precisam de identificar e de explorar variações claras e bem operacionalizadas dessas mesmas orientações. Para tal, torna-se necessário definir uma taxonomia dos diferentes tipos de instruções, especificando a adequação de cada um deles em função das características dos alunos, e dos diferentes domínios e objetivos de aprendizagem. De igual modo, é importante desenvolver medidas que permitam avaliar os diferentes tipos de resultados da aprendizagem, a curto e a longo prazo. Reunidas estas condições, será possível desenvolver uma agenda de investigação comum, em alternativa à tradicional, centrada na questão estéril de qual o método mais eficaz