Resumo: Literatura e cinema têm tentado, ao longo do tempo, desenvolver uma relação de cumplicidade e diálogo. São muitas as obras cinematográficas que adaptam as letras para o universo das imagens. Entretanto, essa relação sempre esbarra na questão da fidelidade, levantada como barreira para a apreciação das adaptações. Este artigo busca tratar sobre a inadequação dessa questão, levando em conta que cada arte se desenvolve de acordo com sua própria linguagem, ao mesmo tempo em que transmite as mesmas mensagens. São analisados o livro Tarântula, de Thierry Jonquet, e o filme A pele que habito, de Pedro Almodóvar, demonstrando que apesar da linguagem diferente, a adaptação cinematográfica mantém em sua essência as mesmas discussões trazidas ...