Avaliação do Crescimento e Estado nutricional de Crianças de Escolas Públicas

A obesidade é cada vez mais frequente em crianças, o que pode resultar em problemas de saúde tanto na infância quanto na vida adulta. Considerando que, na idade escolar, os hábitos alimentares podem ser influenciados pelo contexto em que a criança está inserida, principalmente, estilo de vida, dentro e fora do ambiente escolar, é importante avaliar o crescimento estatural alcançado, bem como seu estado nutricional , visto que pode ser um indicativo de futuros e possíveis distúrbios nutricionais , permitindo direcionar recursos e políticas públicas efetivas nessa faixa etária no primeiro semestre do ano letivo de 2012. Foi realizado um estudo transversal com 595 crianças de seis a dez anos de idade, por meio da comercialização de Escolas Municipais de Ensino Fundamental da Rede Pública, na cidade de Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. A análise estatística dos dados foi realizada com o Statistical Package for the Social Science, versão 20.0. Resultados: Foi avaliada maior proporção de crianças entre sete e nove anos de idade, tanto em relação à estatura quanto ao Índice de Massa Corporal (IMC). As medianas são maiores quando comparadas à referência (Organização Mundial da Saúde), revelando que as crianças estão crescendo bem, mesmo acima da média do benchmark. Porém, ao mesmo tempo, apresentam IMC acima do esperado, mesmo considerando sua estatura elevada. O diagnóstico do estado nutricional entre meninos e meninas não apresentou diferenças estatísticas. Entretanto, vale ressaltar que, embora a maior prevalência seja de crianças eutróficas (70,3%), também pode ser observada uma alta prevalência de excesso de peso (sobrepeso, obesidade e obesidade grave), em torno de 28% da amostra. Conclusão: Embora a maioria das crianças estivesse em estado nutricional normal, algumas foram identificadas com sobrepeso ou obesidade. Ficou evidente que o estado nutricional não difere em relação ao sexo, mas é influenciado pela idade e estatura