Nuances históricas e contemporâneas de uma globalização religiosa à brasileira: o Campo Batista Fluminense em Timor-Leste

Este artigo busca investigar a denominação Batista, que mais recentemente tem investido, a partir do Brasil, grande parte dos seus esforços em uma transnacionalização religiosa. Trata-se, pois, de observar a Segunda Igreja Batista de Campos e sua campanha de missões internacionais, em específico a missão ao Timor-Leste lançada no ano de 2021 e que já está em processo de levantamento de fundos para a ação missionária prolongada, com a construção de um templo Batista e permanência da igreja no território timorense. Portanto, o objetivo geral desta pesquisa está em compreender este circuito missionário em específico através de uma ação missionária internacional organizada e custeada pelos fiéis desta igreja em associação com a Junta de Missões Mundiais Batista. Para tanto, em primeiro lugar, articula-se os objetivos específicos em três eixos: o primeiro versa sobre os aspectos burocráticos e políticos desta imersão batista no território timorense, o segundo sobre a questão teológica a ser utilizada e um terceiro sobre os recursos utilizados, isto é, tanto de pessoal, quanto aporte financeiro. Busca-se realizar trabalhos intensos de campo tanto na igreja local quanto em Díli, capital do Timor-Leste a fim de compreender a inserção religiosa dos Batistas Fluminenses no território timorense. Como hipótese central, compreende-se a expansão ao Timor-Leste pelos batistas como a tentativa da construção de um soft power baseado em um panorama da política-institucional norte-americana para a região do Sudeste Asiático, como contraponto à influência da China, na região. A pesquisa está em sua fase inicial, no levantamento de dados