Terapia Analítico-Comportamental Infantil: um panorama de seis décadas

A Terapia Analítico-Comportamental Infantil mostra avanços significativos com a evolução da pesquisa básica, pesquisa aplicada e pesquisas conceituais na análise do comportamento. A tecnologia comportamental parte de princípios filosóficos monistas que compreendem o homem como um todo em relação com o ambiente. Comportamento públicos e privados têm a mesma natureza. A análise funcional de contingências históricas e situacionais é complementada com o foco em relações verbais ensinadas e relações derivadas emergentes. Programas de intervenção buscam fortalecer padrões de comportamentos e/ou a aquisição de novos comportamentos clinicamente relevantes, promovendo flexibilidade psicológica junto aos pais e crianças. Na análise funcional de casos clínicos com transtornos psiquiátricos, em geral, observa-se uma longa história de coerção em contingências extremas. A interação em equipes multidisciplinares é uma oportunidade de aprendizagem para os analistas do comportamento e de divulgação da ciência Análise do Comportamento em instituições de ensino, saúde e jurídicas. Por meio da abordagem ideográfica, programas flexíveis de tratamento são implementados seguindo formulações de caso que são dinâmicas no transcorrer do processo terapêutico com os clientes (família, responsáveis, crianças e adolescentes). A participação dos pais é fundamental para o sucesso da psicoterapia. Assim, especial atenção dos profissionais para a evocação de respostas de observação dos responsáveis com acompanhamento amoroso das crianças e adolescentes reflete em resultados positivos na saúde pública. Protocolos de acompanhamento das crianças e adolescentes no Sistema Único de Saúde com este foco é útil para identificação precoce da necessidade de intervenção psicoterápica e/ou médica