Este trabalho faz a crítica filosófica a um certo modo de antropologização nas ciências humanas. O humano não é um dado natural de determinação biológica no campo das ciências. Diferente disso, o específico do conhecimento no campo das humanidades é o resultado de um processo de antropologização que fez do homem sujeito com consciência epistemológica. Por isso, o homem, figura de proa da modernidade, é esse duplo empírico-transcendental que, dobrado sobre si mesmo, produz um regime próprio de saber. Conhecimento de si, portanto, passou a ser a grande matriz dos saberes das humanidades na proporção equivalente em que a metafísica se transfigurou em metafísica da subjetividade e a linguagem ganhou prestígio ontológico. Ao lado disso, ergueu-s...