Educação e o basquetebol master brasileiro : comparação da qualidade de vida, cognição, autoeficácia e atividade física em mulheres praticantes e não praticantes

Orientador: Prof. Dr. Valdomiro de OliveiraTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação. Defesa : Curitiba, 17/03/2023Inclui referências: p. 105-113Resumo: Este estudo teve por objetivo comparar a qualidade de vida, estado cognitivo, a autoeficácia e nível de atividade física de atletas e não-atletas femininas masters do basquetebol brasileiro. Método: é uma pesquisa quantitativa, descritiva-comparativa do tipo transversal. Amostra: foi composta por 100 atletas das (categoria 30+ até 59+) participantes do XXXVI Campeonato Brasileiro e 101 mulheres não-atletas selecionadas intencionalmente. Instrumentos de medida: Foram utilizados os questionários MoCA; questionário socioeconômico, IPAQ (2008); WHOQOL-bref e Escala de Autoeficácia Geral Percebida. Análise estatística: foram utilizadas medidas de tendência central e dispersão para variáveis contínuas bem como, a distribuição de frequência absoluta e relativa para variáveis categóricas. Foi aplicado o teste de normalidade Shapiro-Wilk para verificar a natureza dos dados, os quais mostram ser algumas paramétricas e outras não-paramétricas. As análises comparativas de algumas variáveis sociodemográficas entre atletas e não-atletas foram realizadas pelo teste de Mann-Whitney (variáveis numéricas) e Exato de Fisher (Variáveis categóricas). Para os escores do desempenho cognitivo, autoeficácia, percepção de qualidade de vida, dos indicadores de atividade física e comportamento sedentário entre atletas e não-atletas foram realizadas pelo teste de Mann-Whitney com a Probabilidade de Superioridade no Desfecho (PSD). No teste de associação em comparação das atletas e não atletas, o desempenho cognitivo, autoeficácia, qualidade de vida, atividade física e tempo sentado foi verificada por meio de regressão ordinal ajustada para idade, raça, estado civil, anos de escolaridade e nível socioeconômico. As medidas de associação foram expressas em razões de chances (RC) e intervalos de confiança de 95% (IC95%). O teste de Brant foi utilizado para verificar o pressuposto de proporcionalidade do odds, sendo adequado em todas as análises realizadas. O valor de pnão-atletas). No nível de atividade física, os grupos diferiram significativamente em todas as variáveis observadas. Quando controladas as variáveis idade, raça, estado civil, anos de escolaridade e nível socioeconômico, atletas apresentaram maiores chances de estarem com maiores escores do totais do MoCA (RC= 2,01; IC95%=1,11; 3,63), maiores chances de apresentarem maiores escores do domínio Físico de Qualidade de vida (RC= 1,86; IC95%= 1,01; 3,43), maiores chances de apresentarem mais tempo em Caminhada (RC=1,95; IC95%=1,05;3,61), AFM (RC=4,02; IC95%= 2,13;7,60), AFV (RC=16,27; IC95%= 7,79;33,96) e AFMV (RC=8,59; IC95%= 4,35;16,98). Adicionalmente, atletas apresentaram menores chances estarem nos grupos com alto tempo sentado em dias de semana, além de apresentarem três vezes menos a possibilidade de uso de medicamentos ou tratamentos, no caso da comparação com não-atletas. Considerações finais: a educação aliada a prática esportiva (basquetebol) pode promover ganhos em qualidade de vida, autoeficácia e aspectos cognitivos em mulheres adultas de meia idade.Abstract: This study aimed to compare the quality of life, cognitive state, self-efficacy and level of physical activity of master female athletes and non-athletes in Brazilian basketball. Method: it is a quantitative research, descriptive-comparative cross-sectional study. Sample: consisted of 100 athletes (category 30+ to 59+) participants in the XXXVI Brazilian Championship and 101 intentionally selected non-athlete women. Measurement instruments: they were used the MoCA questionnaire; socioeconomic questionnaire, IPAQ (2008); WHOQOL-bref and General Perceived Self-Efficacy Scale. Statistical analysis: It was used measures of central tendency and dispersion for continuous variables, as well as absolute and relative frequency distribution for categorical variables. It was applied the Shapiro-Wilk test of normality to verify the nature of the data, which show that some are parametric and others are nonparametric. Comparative analyzes of some sociodemographic variables between athletes and non-athletes were performed using the Mann-Whitney test (numerical variables) and Fisher's exact test (categorical variables). For the cognitive performance scores, self-efficacy, perception of quality of life, physical activity indicators and sedentary behavior among athletes and non-athletes were performed using the Mann- Whitney test with the Probability of Superiority in the Outcome (PSD). In the association test in comparison of athletes and non-athletes, cognitive performance, self-efficacy, quality of life, physical activity and sitting time were verified using ordinal regression adjusted for age, race, marital status, years of schooling and socioeconomic level. Association measures were expressed as odds ratios (OR) and 95% confidence intervals (95% CI). The Brant test was used to verify the assumption of proportionality of the odds, being adequate in all analyzes performed. The value of pnon-athletes). In physical activity level, the groups differed significantly in all observed variables. When controlled the variables age, race, marital status, years of schooling and socioeconomic status, athletes were more likely to have higher MoCA total scores (OR= 2.01; 95% CI=1.11; 3.63), greater chances of presenting higher scores in the Physical Domain of Quality of life (OR=1.86; CI 95%=1.01; 3.43), greater chances of presenting more time in Walking (RC=1.95; CI 95%=1.05;3.61), AFM (RC=4.02; 95% CI=2.13;7.60), AFV (RC=16.27; 95% CI=7.79;33.96) and MVPA (RC=8.59; CI 95%=4.35;16.98). Additionally, athletes shown less probability to be in the groups with high sitting time on weekdays, in addition to being three times less likely to use medication or treatments, in the case of comparison with non-athletes. Final considerations: education combined with sports practice (basketball) can promote gains in quality of life, self-efficacy and cognitive aspects in middle-aged adult women