Esse artigo apresenta uma reflexão sobre o efeito estético do uso de imagens com movimentos mínimos no prólogo no filme Melancolia (2011) de Lars Von Trier. Pretende-se problematizar a relação entre fotografia, cinema e pintura, na medida em que tais imagens possuem características limítrofes entre essas três linguagens (o quadro fixo e a composição elaborada são elementos provenientes da fotografia e da pintura, porém o uso de movimento em câmera lentíssima traz um elemento cinematográfico a essas imagens). Tendo como base teórica algumas ideias levantadas por Demian Sutton sobre a relação entre fotografia, cinema e memória, além de autores clássicos da Teoria da Fotografia e do Cinema, como André Bazin, Roland Barthes, Laura Mulvey, Susan...