A pergunta pela possibilidade de uma justificação da experiência histórica segundo princípios exigidos pelo bom exercício da razão prática - já suposto que a História Universal deva ter um sentido ou propósito racional -, ela não aparece à toa no horizonte kantiano. Entender seu porquê requer o resgate do contexto político da era moderna. O primeiro objetivo deste artigo é esboçar os desafios políticos referentes a esse contexto e expor em seguida como a solução oferecida por Kant - a Sociedade das Nações e o direito cosmopolita - vai ao encontro da expectativa de pensar um sentido comunitário para um mundo fragmentado em Estadosnação sem ter de recorrer a uma autoridade global, fosse ela política ou religiosa. Apoiar-nosemos em dois textos...