Gerar o futuro, ativando o presente: dilemas e desafios atuais do feminismo latino-americano

This article examines the dilemmas and challenges facing Latin American feminisms in the current paradoxical conjuncture, in which on the one hand, feminism, in all its diversity, occupies a prominent place as one of the most important and dynamic social and political forces in the subcontinent; and on the other hand, it faces strong external and internal tensions due to a strong onslaught by conservative, anti-rights and fundamentalist groups and internal polarisations around the very objectives of the feminist project. To this end, I propose to describe the characteristics of these contemporary feminisms that are actively intervening in the political conjunctures of each country in the region, demanding an end to violence against women in all its manifestations, the legalisation of abortion, and respect for their labour, territorial and economic rights. Secondly, I will refer to the challenges faced by these feminisms in a context in which a strong reactionary counter-offensive has been generated against some achievements in terms of equality and the sexual and reproductive rights of women and the LGBTQI+ population. Finally, I will refer to some internal debates within feminism that highlight the current quest to deepen its reflection from the concrete, articulating memories, struggles and proposals contrary to the liberal framework of law. I will conclude by pointing out how in the midst of these difficulties and tensions, the feminist movement remains a source of hope.Este articulo examina los dilemas y desafíos que enfrentan los feminismos latinoamericanos en la paradójica coyuntura actual, en que por una parte, el feminismo, en toda su diversidad, ocupa un lugar prominente como una de las fuerzas sociales y políticas más importantes y dinámicas del subcontinente; y por otra parte, enfrenta fuertes tensiones externas e internas debido a una fuerte arremetida por parte de grupos conservadores, antiderechos y fundamentalistas y a polarizaciones internas en torno a los objetivos mismos del proyecto feminista. Para ello me propongo describir las características de estos feminismos contemporáneos que están interviniendo activamente en las coyunturas políticas de cada país de la región, exigiendo el fin de la violencia contra las mujeres en todas sus manifestaciones, la legalización del aborto, y el respeto a sus derechos laborales, territoriales y económicos. En segundo lugar, haré referencia a los desafíos que enfrentan estos feminismos en un contexto en el cual se ha generado una fuerte contraofensiva reaccionaria contra algunos logros en materia de igualdad y los derechos sexuales y reproductivos de las mujeres y de la población LGBTQI+. Por último, me referiré a algunos debates internos del feminismo que ponen de presente la búsqueda actual de profundizar su reflexión desde lo concreto, articulando memorias, luchas y propuestas contrarias al marco liberal de derecho. Concluiré señalando cómo en medio de estas dificultades y tensiones, el movimiento feminista sigue siendo una fuente de esperanza.Este artigo examina os dilemas e desafios que os feminismos latino-americanos enfrentam na atual situação paradoxal, na qual, por um lado, o feminismo, em toda a sua diversidade, ocupa um lugar de destaque como uma das forças sociais e políticas mais importantes e dinâmicas da o subcontinente.; por outro lado, enfrenta fortes tensões externas e internas devido ao forte ataque de grupos conservadores, antidireita e fundamentalistas e polarizações internas em torno dos próprios objetivos do projeto feminista. Para isso, pretendo descrever as características desses feminismos contemporâneos que estão intervindo ativamente nas situações políticas de cada país da região, reivindicando o fim da violência contra a mulher em todas as suas manifestações, a legalização do aborto e o respeito aos seus direitos • direitos trabalhistas, territoriais e econômicos. Em segundo lugar, referirei os desafios que esses feminismos enfrentam em um contexto em que uma forte contra-ofensiva reacionária foi gerada contra algumas conquistas em termos de igualdade e direitos sexuais e reprodutivos das mulheres e da população LGBTQI+. Por fim, referir-me-ei a alguns debates internos feministas que evidenciam a busca atual de aprofundar sua reflexão a partir do concreto, articulando memórias, lutas e propostas contrárias ao marco liberal do direito. Concluo observando como, em meio a essas dificuldades e tensões, o movimento de mulheres continua sendo uma fonte de esperança