Lugar, Espaço Escolar e Territorialidades: os grupos escolares de JAPI/RN e a proposta de nucleação 2017-2018

Este trabalho se propõe a debater aspectos ligados às identidades territoriais, ruralidades e a persistências de escolas multisseriadas em condição de isolamento, na zona rural do município de Japi-RN. Partindo do estudo construído durante a pesquisa do Mestrado Profissional em Ensino de História, decidimos refletir sobre a origem do déficit de aprendizagem em História, verificado nas avaliações dos alunos do ensino médio, e para isso, em retrospectiva, pesquisamos a primeira fase da educação ofertada aos alunos do município, que na zona rural, há décadas, se processa no paradigma multisseriado. No objetivo de construir um mapeamento sensível do território, desejos e vontades, compreender os agenciamentos sociais envolvidos, versamos sobre a condição de isolamento que as escolas rurais se encontram, situando-as no tempo presente e fazendo retrospectiva dialogal com o passado, das recordações e registro material dos habitantes destes lugares de memória. Analisamos também as reações da comunidade escolar, ante a proposta de nucleação das escolas rurais entre os anos de 2017 e 2018, projeto idealizado pela Secretaria de Educação Municipal, mas ainda não concretizado, muito pela reação negativa dos pais e lideranças comunitárias. Quais são as forças que incidem sob essas respostas? Quais os ganhos/prejuízos que são considerados pelos agentes públicos, professores, pesquisadores e pelos moradores do lugar? Em tempos de pandemia, é possível retomar aulas ainda com esse paradigma de ensino? Estas e outras questões compõem a cerne deste artigo.  Palavras-chave: Territorialidade, Espaço escolar, Escolas Rurais Multisseriadas, Geografia Humanista Cultural, História   Abstract This work proposes to discuss aspects related to territorial identities, ruralities and the persistence of multi-grade schools in isolation, in the rural area of ​​the municipality of Japi-RN. Starting from the study built during the research of the Professional Master's Degree in Teaching History, we decided to reflect on the origin of the learning deficit in History, verified in the evaluations of high school students, and for that, in retrospect, we researched the first phase of the education offered to students from the municipality, which in the rural area has been processed in the multi-grade paradigm for decades. With the aim of building a sensitive mapping of the territory, desires and wishes, understanding the social arrangements involved, we talk about the condition of isolation that rural schools find themselves in, placing them in the present time and making a dialogical retrospective with the past, of memories and material record of the inhabitants of these places of memory. We also analyzed the reactions of the school community to the proposal for the nucleation of rural schools between 2017 and 2018, a project conceived by the Municipal Education Department, but not yet implemented, largely due to the negative reaction of parents and community leaders. What are the forces that influence these responses? What gains/losses are considered by public agents, teachers, researchers and local residents? In times of a pandemic, is it possible to resume classes with this teaching paradigm? These and other questions make up the core of this article. Key words: Territoriality, School space, Multigrade Rural Schools, Cultural Humanist Geography, Histor