Estudo de reaproveitamento de terra diatomácea no processo de filtração do laminador a frio na indústria do alumínio

O alumínio (Al) é considerado um metal de pós-transição e já vem sendo explorado há mais de um século no Brasil. As indústrias deste ramo ainda enfrentam algumas dificuldades com relação à quantidade de resíduos e poluentes gerados. A quantidade de resíduos produzida vem aumentado progressivamente devido à carência no desenvolvimento de novas tecnologias, padrões procedimentais e estudos específicos, culminando em um problema de sustentabilidade do processo produtivo e gerando um impacto direto na questão do retorno do capital empregado. Dentre as diversas etapas de processamento, a de laminação é uma das mais críticas em relação à produção de lâminas de Al, pois qualquer tipo de defeito implica em uma série de consequências negativas para o produto. Neste projeto buscou-se por uma transformação conceitual em sustentabilidade, onde se estudou o reaproveitamento do resíduo proveniente da laminação a frio, a terra diatomácea, visando minimizar os impactos ambientais e trazer novas tecnologias para reaproveitamento de resíduos na produção de lâminas de Al. Tendo por objetivo desenvolver e implementar um processo de reaproveitamento de terra diatomácea gerado na indústria do alumínio no processo, foram avaliadas diferentes proporções de mistura entre terra diatomácea nova e terra diatomácea reutilizada, bem como as camadas do filtro onde a terra diatomácea reutilizada seria colocada e o tempo de utilização dessas misturas. Os ensaios demonstraram que a mistura utilizando a proporção de 50:50 (m/m) terra diatomácea nova e terra diatomácea reutilizada, nas camadas 2 e 3 do filtro, foi a que resultou em um maior período de utilização (15 h), uma melhor qualidade do óleo lubrificante e, consequentemente, em pouquíssimas ocorrências de sujidade da máquina unitária de transformação. Tal percentual de reaproveitamento da terra diatomácea já utilizada no processo de laminação a frio representou uma redução de aproximadamente 71% na quantidade de matéria-prima nova necessária e na quantidade de resíduo destinado a aterros sanitários de Classe 1. Além disso, representou um ganho econômico de aproximadamente R$ 1.784.000,00 para a empresa onde o projeto foi executado. Dessa forma, a inovação tecnológica proposta gerou ganhos econômicos e ambientais importantes, e pode vir a ser aplicada em outras indústrias de alumínio no Brasil e no mundo.Não recebi financiament