Amantadine impact on Parkinson’s disease-related fatigue

Introdução: A doença de Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais frequente. A fadiga é considerada um sintoma não motor muito prevalente e impactante na qualidade de vida dos pacientes com DP. A amantadina, um antagonista de receptores NMDA utilizado frequentemente para tratamento de complicações motoras da Doença de Parkinson, é usado para o tratamento da fadiga em Esclerose Múltipla (EM). Considerando essas observações, optamos por avaliar se os pacientes com DP em uso de amantadina apresentam menos fadiga do que os que não fazem uso da medicação. Objetivo: Avaliar o impacto da fadiga na fadiga relacionada à DP. Métodos: Foram recrutados 82 pacientes com DP do ambulatório de Transtornos do Movimento da Universidade Federal de São Paulo. A fadiga foi avaliada através dos questionários FSS-BR (Fatigue Severity Scale) e MFIS-BR (Modified Fatigue Impact Scale). Os grupos foram divididos pelo uso ou não da amantadina e o resultado das escalas de fadiga foram comparados entre eles. Resultados: Não houve diferença significativa nas escalas de fadiga entre os grupos de pacientes com e sem amantadina. Conclusões: Nesse estudo retrospectivo, não detectamos efeito da amantadina em fadiga em uma amostra de pacientes com PD com discinesia. No entanto, considerando o custo baixo e a boa tolerabilidade da medicação, sugerimos a realização de um estudo prospectivo intervencionista para verificar o efeito da amantadina na fadiga relacionada à DP.Introduction: Parkinson’s disease (PD) is the second most common neurodegenerative disease. Fatigue is considered one of the most frequent and disabling nonmotor symptoms of PD patients, and it is common in the course of the disease. Amantadine, an NMDA glutamate receptor antagonist used to treat PD motor complications, is widely used for the treatment of fatigue in multiple sclerosis (MS). Based on these observations, we aimed to evaluate whether PD patients on amantadine experience less fatigue than those not taking the drug. Methods: Idiopathic PD patients were recruited from the Movement Disorders clinic of the Federal University of São Paulo. Fatigue was assessed by the Fatigue Severity Scale (FSS) and the Modified Fatigue Impact Scale (MFIS). Groups were divided based on the use or absence of amantadine, and the fatigue scales were compared between the two groups. Results: There was no significant difference in fatigue scales between the groups of patients with and without amantadine. Conclusions: In this retrospective study, we could not detect any effect of amantadine on fatigue symptoms in a cohort of dyskinetic PD patients. Nevertheless, considering the low cost and good tolerability of the drug, it would be highly desirable to design a prospective interventional study to verify the effect of amantadine on PD patients’ fatigue.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)00