Biossistemas aplicados à mitigação de metano em emissões fugitivas de aterros sanitários: uma breve revisão

Os biossistemas têm sido uma importante ferramenta na mitigação de gases de efeito estufa emitidos a partir da camada de cobertura de aterros sanitários. Independentemente da sua configuração (biojanela, biorrecobrimento ou biofiltro), essa tecnologia baseia-se, fundamentalmente, no princípio da oxidação biológica de gases de natureza orgânica, inorgânica, odorantes, entre outros, formados na massa residual durante as diferentes fases de decomposição dos resíduos sólidos urbanos. O presente trabalho traz uma síntese dos biossistemas mais comumente reportados na literatura aplicados à oxidação passiva de metano (um importante gás de efeito estufa) em camadas de cobertura de aterros sanitários. Além disso, discute os principais parâmetros relacionados à eficiência deste bioprocesso, como temperatura, pH, umidade do meio, carga de metano aplicada no biossistema, teor de matéria orgânica e nutrientes presentes no leito biofiltrante, bem como a porosidade do meio. De um modo geral, o uso de substratos de elevado teor de matéria e baixo custo, como rejeitos de processos industriais e estações de tratamento de efluentes domésticos, turfa, composto, dentre outros, tem se mostrado uma excelente alternativa como agregado do solo, contribuindo para a redução de gases de efeito estufa no setor de gestão de resíduos sólidos.