Determinação de poluentes emergentes em amostras ambientais

A contaminação do meio ambiente através dos poluentes emergentes tem vindo a merecer uma atenção cada vez maior na comunidade científica. Estes poluentes incluem em várias famílias de compostos: fármacos, toxinas das algas, biocidas, detergentes, subprodutos da desinfeção da água, retardantes do fogo, fragrâncias, plasticizantes, produtos de higiene pessoal, etc. A utilização excessiva destes poluentes coloca diversos problemas ambientais, tendo-se detetado quantidades significativas de poluentes emergentes e seus metabolitos em solos, águas residuais e águas de consumo. As estações de tratamento de águas residuais não se encontram preparadas para eliminar estas substâncias, pelo que esta contaminação ambiental atinge frequentemente cursos de água, peixes e outros organismos aquáticos. Por outro lado, as lamas de ETAR potencialmente contaminadas com estes poluentes são frequentemente utilizadas na agricultura como fertilizantes orgânicos. Para que se possa avaliar a eficiência das estações de tratamento de águas residuais na remoção de poluentes emergentes, bem como monitorizar a presença destes compostos em produtos agrícolas originários de plantações fertilizadas com lamas de ETAR é essencial determinar a sua concentração nestas amostras. A identificação e quantificação destes compostos é normalmente efetuada recorrendo a técnicas cromatográficas hifenadas (GC/MS e LC/MS)