Neste artigo argumenta-se que a perda progressiva de ímpeto observada na trajectória de convergência da Economia Portuguesa é consistente com a interpretação neo-clássica, segundo a qual as economias crescerão tão mais devagar quanto mais próximas estiverem do seu equilíbrio de longo prazo. Com base num exercício simples de contabilidade de níveis, argumenta-se que o impulso de crescimento observado na segunda metade do século passado terá sido essencialmente induzido por um aumento da produtividade total dos factores (PTF), ocorrido nas décadas de 60 e 70. Relativamente às duas décadas seguintes, não se detectam novos movimentos de convergência em termos de PTF. Pelo contrário, os resultados da análise sugerem que a convergência do PIB por...