O vídeo na escola em Portugal

O desenvolvimento da tecnologia vídeo na década de 70, com a consequente construção de equipamentos domésticos e baratos, levou à generalização do seu uso na sociedade. Na década de 80 as escolas incorporaram este recurso tecnológico no âmbito da comunicação educativa que passou a constituinte do paradigma da Tecnologia Educativa. A existência de equipamentos e documentos vídeo nas escolas e a sua utilização no ensino-aprendizagem generalizou-se e terá entrado numa “rotina” de utilização, tal como aconteceu anteriormente com outros equipamentos audiovisuais. Esta generalização e, pelo menos aparente, normalização da utilização do vídeo nas escolas portuguesas não pode deixar de nos questionar. As rotinas em torno da utilização do vídeo nas escolas criam uma situação por excelência para se averiguar quais as suas valências que estão a contribuir para uma melhoria da qualidade do trabalho educativo. Em plena época de introdução das novas tecnologias da informação, com a entrada de novas e poderosas formas de comunicação suportadas por meios informáticos, torna-se urgente uma avaliação da realidade portuguesa no que diz respeito à utilização do vídeo na educação. De que forma o vídeo está organizado e é utilizado nas escolas? Que formação têm os professores para utilização do vídeo? Que investigação tem sido feita em Portugal sobre o papel do vídeo na educação? Que projectos e incentivos se têm desenvolvido no sentido da dinamização e optimização do vídeo na acção educativa? Que futuro para o vídeo nas escolas? São questões que colocamos e que procuramos validar na nossa investigação. Não se trata de um trabalho definitivo, mas apenas uma abordagem inicial de uma linha de investigação que urge fazer