ESTUDO DE UTILIZAÇÃO DE ANTIBIÓTICOS NAS UNIDADES BÁSICAS DO MUNICÍPIO DE MOREILÂNDIA-PE

Os atuais dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que 50% das prescrições de antibióticos são inapropriadas, e informa ainda que dois terços dos antibióticos usados pela população são consumidos sem a prescrição médica. A implantação da RDC 20/2011 no Brasil é uma das medidas para tentar evitar o uso irracional. A presente pesquisa teve como objetivo avaliar o uso de antibióticos pelos pacientes que utilizam o serviço das Unidades Básicas de Saúde de Moreilândia – PE. Tratou-se de um estudo transversal, descritivo de abordagem quantitativa no qual foi aplicado um questionário com perguntas objetivas e subjetivas. O período da pesquisa ocorreu de junho a setembro de 2020. Os entrevistados (n=100) foram na sua maioria do sexo feminino (72%), solteiro (53%) e que afirmou ter concluído o ensino fundamental (58%). Os antibióticos mais utilizados foram: amoxicilina, azitromicina e cefalexina. Dos entrevistados 49,5% fizeram uso de antibióticos sem prescrição de profissional legalmente habilitado e 56% não souberam responder o que é um medicamento antibiótico. Constatou-se o uso inapropriado de antibióticos para tratamento de doenças como gripe, dor de cabeça, acne, verme, dentre outras. Os resultados revelam que o desconhecimento da população da cidade de Moreilândia-PE acerca dos riscos da utilização abusiva de antimicrobianos está relacionado à falta de orientação. Há uma grande e errônea facilidade, de acesso da população aos medicamentos antibióticos, levando em consideração que grande parte dos entrevistados tiveram acesso aos medicamentos sem receita médica. Fatores estes, que contribuem diretamente para o surgimento da resistência bacteriana