Este artigo discute que a idéia paradoxal de um público cada vez mais reduzido– entre 06 e no máximo 20 pessoas por sessão – aponta para uma nova forma de fruiçãoentre o texto, a cena e o público. Considera-se a forma com que a diretora Celina Sodréestabelece sua intima e, por vezes, ostensiva relação com o público. Para ela, é necessárioretirar o aplauso do trabalho, pois ele significa uma devolução daquilo que se oferta demodo sagrado e genuíno. Representa, além de uma resposta aquilo que é puro sentido, umaforma de o público sair reconciliado e de certa forma confortável com a peça. Daí a idéia deum desconforto implacavelmente desejado e trabalhado por ela. A relação do espectador é,em seu teatro, sempre pensada de modo anterior a qual...