Análise Preditiva do Potencial Terapêutico de Exossomos Derivados de Células-Tronco Imaturas de Polpa Dentária Humana para o Tratamento de Glioblastoma Multiforme e Neuroblastoma por meio de RNA-Seq

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Latino-Americano de Ciências da Vida e Natureza da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Ciências Biológicas – Ecologia e Biodiversidade.O glioblastoma multiforme (GBM) é a malignidade mais comum de cérebro, sobretudo na população adulta (45-65 anos) e também a forma mais grave das neoplasias intracranianas, com uma taxa de sobrevivência média de oito meses. O neuroblastoma (NB) por sua vez representa a forma mais prevalente de câncer pediátrico, sendo responsável por até 90% de todos os cânceres na idade entre 1-2 anos e, 15% dos óbitos verificados na população pediátrica, sendo a malignidade extracraniana mais comum do sistema nervoso. Apesar dos notórios avanços na oncologia, a taxa de mortalidade por estas doenças permanece elevada. Desta forma, faz-se necessário desenvolver novas terapias mais eficientes para o tratamento destes e de outros cânceres. Neste sentido, este estudo buscou predizer o potencial antineoplásico de exossomos derivados de células-tronco imaturas de polpa dentária humana (Exo-CTIPDh) para o tratamento do GBM e NB. Para isso, linhagens celulares de GBM (SHSY5Y) e NB (U251) foram tratadas com 50 ug/mL dos Exo-CTIPDh. Após cinco dias, o RNA total foi isolado e submetido à análise de sequenciamento de RNA (RNA-Seq). Os resultados mostraram que os Exo-CTIPDh são capazes de reprimir a expressão de genes associados à progressão e metastatização, incluindo a formação de células-tronco cancerígenas (que estão associadas à resistência à quimioterapia) destas malignidades e, promover a expressão de genes associados à adesão celular e recuperação do metabolismo oxidativo. Estes resultados sugerem que os Exo-CTIPDh podem ser empregados no tratamento do GBM e do NB. Entretanto, faz-se necessário validar os resultados in silico por meio de ensaios in vitro e estudos pré-clínicos