O(s) sapateado(s) miudinho(s) das sambadeiras do Recôncavo da Bahia

Este artigo, aborda o(s) passo(s) miudinho(s) traçado(s) pelas mulheres do samba de roda do Recôncavo Baiano, a partir de pesquisa com 12 sambadeiras daquela região, com o objetivo de analisar os ritmos traçados pelos pés na roda tradicional, investigando a existência de uma célula rítmica comum a todas elas. O caminho epistemológico foi traçado a partir dos estudos do ritual, da cena e da performance (Schechner,1985; Turner,1986; Bião,1999) e as interações conceituais possibilitadas pela etnografia. Os recursos metodológicos usados foram: entrevistas; fotografias; gravação em vídeos, transcrição de células rítmicas para notação musical. Os estudos de Döring (2016), Amoroso (2009) e Domenici (2011) auxiliaram no entendimento da dinâmica das rodas de samba. A pesquisa me levou à conclusão de que existe um padrão rítmico mais recorrente entre o sapateado das sambadeiras, contudo não é o único e sofre diversas variações e alternâncias durante a performance