Vozes em escuta, criando novos mundos

This paper focuses on two interviews granted by Stenio Mendes, musician, composer and art-pedagogue, in order to outline paths for the voice in artistic creation processes. His reflections start from a deep listening of the human being and the voice as a place of poetic subjectivity. Concepts such as empathy, the relationship between the “I” and the “we” in the artistic constitution of an individual find resonance in the concept of Communicative Musicality by Stephen Malloch, where the relationship between mother and baby is based on musical parameters. The voice in this first relationship is remembered when in a state of improvisation and experimentation and is the foundation for the development of an individual. The aesthetic and reflexive development in this context assumes for the voice the possibility of a relational creation and finds parallels in the concepts of Nicolas Borriaud's Relational Aesthetics.Este artículo se centra en dos entrevistas concedidas por Stenio Mendes, músico, compositor y arte-pedagogo, con el fin de trazar caminos para la voz en los procesos de creación artística. Sus reflexiones parten de una escucha profunda del ser humano y la voz como lugar de subjetividad poética. Conceptos como la empatía, la relación entre el “yo” y el “nosotros” en la constitución artística de un individuo encuentran resonancia en el concepto de Musicalidad Comunicativa de Stephen Malloch, donde la relación entre madre y bebé se basa en parámetros musicales. La voz en esta primera relación se recuerda cuando se encuentra en un estado de improvisación y experimentación y es la base para el desarrollo de un individuo. El desarrollo estético y reflexivo en este contexto supone para la voz la posibilidad de una creación relacional y encuentra paralelos en los conceptos de la Estética relacional de Nicolas Borriaud.Este artigo se debruça sobre duas entrevistas concedidas por Stenio Mendes, músico, compositor e arte-pedagogo, a fim de delinear caminhos para a voz em processos de criação artística. Suas reflexões partem de uma escuta profunda do ser humano e da voz como lugar de subjetividade poética. Conceitos como empatia, relação entre o “eu” e o “nós” na constituição artística de um indivíduo encontram ressonância no conceito da Musicalidade Comunicativa de Stephen Malloch, onde a relação entre mãe e bebê são baseadas em parâmetros musicais. A voz nesta primeira relação é rememorada quando em estado de improvisação e experimentação e é alicerce para o desenvolvimento de um indivíduo. O desenvolvimento estético e reflexivo neste contexto assume para a voz a possibilidade de uma criação relacional e encontra paralelos nos conceitos da Estética Relacional de Nicolas Borriaud