Será esse o futuro do século XXI?

Through the concept of Anthropophagy outlined by Oswald de Andrade, this article reflects on the ways of approaching time in his philosophy. We point out that neither the “past” (barbaric) nor the “present / future” (technized) can be understood as terms isolated from this temporal equation. The oswaldian utopia of going to the natural state, and not returning to the primitive state, points to a reinvention of relationships where a new perspective on otherness is constituted. In the Manifesto Antropófago, the author addresses several of these issues in short, emblematic sentences, subverting the notion of historical time. To address the idea of the future in this context, we will understand the reasons why the author establishes the “undated world” and questions the conventional notion of history itself. Fighting for its freedom to come and become, Anthropophagy remains contemporary and asks: is this the future of the 21st century? Através do conceito de Antropofagia delineado por Oswald de Andrade, este artigo reflete sobre os modos de abordagem do tempo em sua filosofia. Apontamos que nem o “passado” (bárbaro), nem o “presente/futuro” (tecnizado) podem ser compreendidos enquanto termos isolados desta equação temporal. A utopia oswaldiana de ida ao estado natural, e não de regresso ao estado primitivo, aponta para uma reinvenção de relações onde uma nova perspectiva sobre a alteridade se constitui. No Manifesto Antropófago o autor coloca várias dessas questões em frases curtas e emblemáticas, subvertendo a noção de tempo histórico. Para abordar a ideia de tempo, nesse contexto, vamos compreender as razões pelas quais o autor instaura o “mundo não datado” e questiona a própria noção convencional de história. Lutando por sua liberdade e ir e devir, a Antropofagia permanece contemporânea e questiona: será esse o futuro do século XXI