Foyers de Resistências, Foyers de Experiências: Filosofia da Resistência como Experiência de Desafio ao Fim da Revolução

This paper aims to reflect on a philosophy of resistance based on Michel Foucault’s thought and it questions whether the present has reached the end of the era of revolution. The paper presents two studies. Study I discusses the author’s position concerning Marx’s theses in order to outline the notion of resistance within the framework of relations of power. In that regard, the general strike of May 1968 is exemplary. Study II deals with how to think of resistance as an experience. The notion of foyer highlights the articulating function between the ‘empowerment’ aspect of resistance and the processes of desubjectivation of experience. By developing this hypothesis, three themes addressed in Foucault’s works are considered: transgression, counter-conduct, and critical attitude. Finally, this thesis respects the limitations found in Foucault’s philosophy, without neglecting his records to support it. Conclusion suggests that the philosophy of resistance may promote an experience of defiance.Esse artigo propõe refletir sobre uma filosofia da resistência a partir do pensamento de Michel Foucault. Para tanto, questiona se a atualidade chegou ao fim da era da revolução. Desse modo, o artigo apresenta dois estudos. O Estudo I discute a posição do autor com relação às teses de Marx, a fim de delinear a noção de resistência dentro do quadro teórico das relações de poder. Nesse sentido, a greve geral de Maio de 1968 é exemplar. O Estudo II se ocupa em como pensar a resistência como experiência. A noção de foyer destaca a função articuladora entre o aspecto de ‘empoderamento’ da resistência com os processos de dessubjetivação da experiência. Para desenvolver essa hipótese, são considerados três temas abordados por Foucault: a transgressão, a contraconduta e a atitude crítica. A conclusão sugere que uma filosofia da resistência pode promover uma experiência de desafio