Processos de organização e participação política das mulheres indígenas. Um estado da arte em estudos e experiências contemporâneas na Argentina

This paper describes and analyzes some central aspects that constitute the organizational processes and political participation of indigenous women in Argentina. It reflects upon different practices that not only question hegemonic social mechanisms and processes of subjection, but also articulate proposals that seek to dispute places, names and alliances. In order to do so, firstly, it reconstructs hegemonic configurations of capitalism and its interrelation with global and local processes within the framework of the so-called identity politics. Secondly, it presents a brief state of the art on academic antecedents that reveals the political participation of these women. Finally, it recovers an organizational experience of a group that belongs to the Kolla people, the Warmis de Nazareno, reflecting on the organizational process carried out by women since COVID-19 pandemic started.Este trabajo describe y analiza algunos aspectos centrales que constituyen a los procesos de organización y participación política de mujeres indígenas en Argentina. Reflexiona sobre distintas prácticas que interpelan no sólo mecanismos y procesos sociales hegemónicos de sujeción, sino que también articulan propuestas que pretenden disputar espacios, nombres y alianzas. Para ello, en primer lugar, reconstruye las configuraciones hegemónicas del capitalismo y su interrelación con procesos globales y locales en el marco de las llamadas políticas de la identidad. En segundo lugar, presenta un breve estado de la cuestión sobre antecedentes académicos que relevan la participación política de estas mujeres. Finalmente, en tercer lugar, recupera una experiencia organizativa de un grupo que pertenece al pueblo kolla, las Warmis de Nazareno, reflexionando sobre el proceso de organización llevado a cabo por las mujeres a partir de la pandemia por el COVID-19.Este trabalho descreve e analisa alguns aspectos centrais que constituem os processos de organização e participação política das mulheres indígenas. Reflete sobre diferentes práticas que questionam não apenas mecanismos e processos sociais hegemônicos de sujeição, mas também articulam propostas que buscam disputar espaços, nomes e alianças. Para isso, em primeiro lugar, reconstrói as configurações hegemônicas do capitalismo e sua inter-relação com os processos globais e locais no quadro das chamadas políticas identitárias. Em segundo lugar, apresenta algumas das peculiaridades que a perspectiva interseccional oferece, tanto em termos teóricos quanto epistemológicos, para compreender a emergência desses processos realizados exclusivamente por mulheres indígenas. Em terceiro lugar, apresenta um breve estado da arte sobre a formação acadêmica que revela a participação política dessas mulheres. Por fim, em quarto lugar, recupera uma experiência organizacional de um grupo pertencente ao Povo Kolla, os Warmis de Nazareno, refletindo sobre a singularidade política que constitui tal experiência