Victorian Realism Revisited: Elizabeth Gaskell’s Subject in Ruth

The article aims to provide a reading of Elizabeth Gaskell’s novel Ruth (1853) in the light of Victorian realism, more specifically on the characterization of the homonymous protagonist Ruth Hilton, a fallen woman who is given a chance of redemption. Moreover, considering the social stigma surrounding the myth of the fallen woman throughout the nineteenth century and its lack of protagonism in Victorian fiction, the article focuses on how Gaskell’s choices for Ruth influenced the reception of the novel. In the first part, a brief contextualization of the nineteenth-century literary scenario is carried out, followed by a discussion of what defines Victorian realism and how literary criticism was conducted during that period. In a second moment, the discussion turns to the novel by analyzing which specific narrative elements contributed to its general acceptance within the literary sphere. For that purpose, commentary on Ruth will eventually be brought over to illustrate how Gaskell managed to lessen criticism by giving her character an unexpected journey. For that matter, scholars Shirley Foster (2002) and Nina Auerbach (1980) provide useful information on the life and work of Elizabeth Gaskell.O presente artigo pretende apresentar uma leitura do romance Ruth (1853), da escritora Elizabeth Gaskell, à luz do Realismo Vitoriano, sobretudo no que diz respeito à protagonista de mesmo nome Ruth Hilton, uma fallen woman a quem uma chance de redenção é dada. Além disso, considerando o estigma social entorno da imagem da fallen woman durante o século XIX e a falta de personagens representativos de tal categoria em toda literatura vitoriana, o artigo propõe uma leitura de como as escolhas de Gaskell para a composição de Ruth influenciaram a maneira como sua obra foi recebida à época. De início, faz-se necessária uma breve contextualização do cenário literário do século XIX, da prática de crítica literária da época e da definição do gênero Realismo Vitoriano. Partindo para a análise da obra, a segunda parte do artigo lida com os elementos narrativos empregados na construção da personagem na intenção de pontuar quais foram importantes para a aceitação da obra. Como exemplo, serão trazidos à discussão comentários sobre a obra na intenção de ilustrar como, ao dar a sua personagem uma jornada inesperada, Gaskell atenuou possíveis críticas. Para tanto, a discussão conta, principalmente, com Shirley Foster (2002) e Nina Auerbach (1980), cujos estudos estão voltados à vida e obra de Elizabeth Gaskell