O Cálculo mental para ensinar: uma análise de produções de Maria do Carmo Santos Domite, 1980-1995

Conceição, Antônio Robert Chagas Conceição. O Cálculo Mental para Ensinar: Uma análise de produções de Maria do Carmo Santos Domite, 1980-1995/ Antônio Robert Chagas Conceição. – Guarulhos, 2021. – 98 f. Dissertação (Mestrado). – Guarulhos: Universidade Federal de São Paulo. Escola de Filosofia, Letras e Humanas, Programa de Pós-Graduação Educação e Saúde na Infância e na Adolescência, 2021. Orientadora: Rosilda dos Santos Morais. Título em inglês: The Mental Calculus for Teach: An analyse of productions of Maria do Carmo Santos Domite, 1980 – 1995. 1. Cálculo Mental. 2. Saberes para ensinar. 3. Maria do Carmo Santos Domite. 4. Formação de professores. 5. Experts. I. Morais, Rosilda dos Santos. II. Título.Esta pesquisa investigou o cálculo mental sistematizado por Maria do Carmo Santos Domite para a formação de professores no período de 1980 a 1995. Foi considerado como marco inicial do recorte temporal o ano em que Domite iniciou sua atuação na Secretaria de Educação Municipal de São Paulo e, o seu limite, o ano de publicação do último arquivo referente ao cálculo mental aqui analisado. Entre idas e vindas a documentos de diferentes naturezas, constituíram-se em fontes primárias o "Memorial Acadêmico" de Maria do Carmo Domite; “Curso de Matemática por correspondência” (1988); o artigo “Cálculo mental” (1989); e o texto “Cálculo Mental” (1995). A análise das fontes foi orientada por referências teóricas que consideram o saber profissional docente como tema central da formação e do ensino, quais sejam, Hofstetter, Schneuwly e Freymond (2017), Hofstetter e Schneuwly (2017), Bertini, Morais e Valente (2017), entre outros. A partir das análises identificou-se orientações ao professor para o ensino de cálculo mental sistematizadas por Domite, que compreendiam a explicação oral das soluções, pelos alunos, seguida da sistematização escrita das estratégias por eles adotadas, processo, este, que poderia se dar a partir de representações envolvendo um esquema explicativo por meio de agrupamentos não convencionais, como somando os iguais, decompondo e associando convenientemente e relacionando uma parcela com um número redondo. Por meio dessas orientações era esperado o desenvolvimento, pelo professor, da habilidade de cálculo mental no aluno e, ao mesmo tempo, propiciar-lhe contato com as propriedades do sistema de numeração decimal. Uma elaboração teórica dessas orientações permitiu a esta pesquisa caracterizar o cálculo mental sistematizado por Domite como ferramenta de trabalho do professor, isto é, um cálculo mental para ensinar o sistema de numeração decimal em tempos em que se advogava em favor de um ensino com compreensão por meio de experiências concretas