Associação das variáveis nutricionais e clínicas durante a internação em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica, com à qualidade de vida em longo prazo em crianças e adolescentes sobreviventes da doença grave

Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica Universidade Federal de Santa Catarina Centro de Ciências Biológicas Departamento de NutriçãoIntrodução: Pacientes pediátricos graves apresentam o estado nutricional afetado. A complicação mais frequente é a desnutrição, fato que corrobora para o aumento dos riscos dos desfechos negativos em longo prazo. Objetivos: Associar variáveis nutricionais e clínicas, durante a internação em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP), com qualidade de vida em longo prazo em crianças e adolescentes sobreviventes da doença grave. Métodos: Estudo observacional longitudinal realizado em uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP). No Baseline - momento de internação em UTIP - foram coletados dados clínicos e nutricionais em crianças e adolescentes admitidas na UTIP durante os anos de 2013 a 2016 na UTIP. No Seguimento - após alta hospitalar - foram obtidos por meio de ligações telefônicas, em 2022, dados de qualidade de vida relacionados à saúde (QVRS), por meio do PedsQL TM 4.0 Generic Core Scales. Resultados: Foram incluídas 11 crianças, 70% do sexo masculino, e 90% adimitidos por motivo clínico, mediana da idade na admissão de 0,75 anos. Observou-se que o diagnóstico mais comum foi pneumonia. O tempo mediano de internação foi de 5 dias em UTIP, na qual 90% da amostra necessitou de suporte respiratório, com tempo mediano de 4 dias. A mediana de peso-para-Idade foi de 0,04 escore-z, índice de massa corporal-para-idade (IMC/I) foi de 0,72 escore-z e circunferência do braço-para-idade (CB/I) foi de 1,31 escore-z. Embora não significativo, houve correlação forte (r=0,75, p=0,05) entre CB/I e PedsQL. Não houve correlação significativa dos demais indicadores de estado nutricional e variáveis clínicas com a QVRS. A mediana do PedsQL foi superior nas crianças eutróficas pelo IMC/I quando comparadas com as crianças desnutridas (p=0,04). Conclusão: São necessários novos estudos, com maior tamanho amostral, para que seja possível visualizar resultados mais significativos, e dessa forma elaborar intervenções futuras a fim de melhorar a assistência em nutrição