Síntese de copoliéster e modificação por reação tiol-eno para encapsulamento de nanopartículas superparamagnéticas para aplicações biomédicas

Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica. Universidade Federal de Santa Catarina. Centro Tecnológico (CTC). Engenharia Química e Engenharia de Alimentos.As nanopartículas superparamagnéticas de óxido de ferro despertam forte interesse atualmente em aplicações biomédicas, onde possui utilização como agentes de contraste em imagem por ressonância magnética, carreadores de fármacos e agentes radiossensibilizadores. A estabilização com copoliésteres biocompatíveis, biodegradáveis e hidrofílicos permite que as nanopartículas não sejam tóxicas, apresentando capacidade de ser metabolizadas pelo organismo, além de permitir uma modificação posterior na superfície a fim de se obter biomateriais mais eficientes, de acordo com a aplicação desejada. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi a síntese e estabilização de nanopartículas superparamagnéticas de óxido de ferro (Fe3O4) recobertas com o copolímero poli(globalide-ε-caprolactona-co-cisteína) (PGlCLCys) visando aplicações biomédicas. A síntese da nanopartícula foi realizada pelo método de coprecipitação e o agente estabilizador foi o copolímero PGlCLCys. O recobrimento e estabilização da nanopartícula com o copoliéster PGlCLCys foi evidenciado através da presença das bandas características do copolímero e do óxido de ferro no espectro de FT-IR. Ainda, a caracterização morfológica TEM demonstrou um tamanho médio de 7,2 ± 2,2 nm, análises de DLS e Potencial Zeta demonstram que o diâmetro hidrodinâmico das partículas foram de 115,2 nm e carga superficial de – 35,4 mV, valores satisfatórios que indicam a estabilidade do material sintetizado. Por fim, os testes de viabilidade celular realizados pelo ensaio de MTT nas linhagens celulares L929 e MDA-MB 231 verificaram a ausência de toxicidade apresentada pelo material sintetizado. Os resultados obtidos evidenciam que Fe3O4@PGlCLCys apresenta características de estabilidade e biocompatibilidade, viabilizando seu uso para a construção e desenvolvimento de novos dispositivos para aplicações biomédicas