Efeito de bioinseticidas espécies de abelha-sem-ferrão

As abelhas-sem-ferrão apresentam importância ambiental e econômica por polinizarem uma grande variedade de plantas de importância agrícola e nativas. Durante o forrageamento entram em contato com inseticidas sintéticos de amplo espectro, o que pode causar elevada mortalidade de abelhas. O controle biológico, por meio de fungos entomopatogênicos apresenta-se como uma alternativa eficaz ao uso de inseticidas sintéticos. Entretanto, apesar de promissor no controle de pragas, existem lacunas sobre a ação de fungos entomopatogênicos em abelhas-sem-ferrão. Deste modo, o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos de três bioinseticidas formulados a partir de Beauveria bassiana (Boveril®WP), Metarhizium anisopliae (Metarril®WP) e Isaria fumosorosea (Octane®SC) sobre as abelhas-sem-ferrão Melipona quadrifasciata, Plebeia droryana e Scaptotrigona bipunctata. Após a pulverização, por contato direto, de 107 conídios mL-1 foi observado uma tolerância diferenciada entre as espécies de abelha, assim como diferenças significativas na mortalidade causada pelos bioinseticidas. A espécie M. quadrifasciata apresentou a menor tolerância aos bioinseticidas, enquanto S. bipunctata foi a espécie que apresentou a menor mortalidade. De acordo com a classificação proposta pela Organização internacional de Controle Biológico, os bioinseticidas Boveril®WP e Metarril®WP, foram caracterizados como inofensivos a moderadamente prejudicial. Já o bioinseticida Octane®SC foi o único produto que causou uma mortalidade entre 74,7 e 95% dos insetos, sendo caracterizado como prejudicial