Empatia e cuidados centrados no paciente: programa de treino de competências comunicacionais

Os cuidados centrados na pessoa viram a sua relevância reforçada pela investigação e pelas diretrizes internacionais e nacionais na prestação de cuidados de saúde. Na procura de compreender a situação, as perspetivas e sentimentos do paciente, a empatia afigura se essencial. Estudo quasi-experimental longitudinal, com uma amostra por conveniência de 34 alunos de fisioterapia da mesma Instituição de Ensino Superior. Implementação de programa e-learning de treino de competências comunicacionais, com aplicação pré e pós intervenção dos instrumentos Índice de Reatividade Interpessoal (IRI) e Patient Practioner Orientation Scale (PPOS). Verificou-se uma diminuição no total do IRI, com aumento da empatia cognitiva e da empatia afetiva e aumento do total e em ambas as subescalas da PPOS, sem significado estatístico. O aumento na componente Sharing da PPOS nos sujeitos do sexo feminino mostrou-se estatisticamente significativa. Apesar dos resultados obtidos no IRI, sabe-se que a empatia não é uma competência inata, mas é uma competência que pode ser aprendida e melhorada; tendo isso em consideração, é premente que se procurem diversas alternativas para desenvolver a comunicação empática, que permitam evitar o seu decréscimo, já que mais empatia proporciona mais cuidados centrados na pessoa, traduzindo-se numa maior adesão aos tratamentos.