O presente trabalho pretende questionar a posição de Mário de Andrade em relação à especificidade do português brasileiro (PB) através da análise das anotações em textos avulsos conhecidos como A Gramatiquinha da fala brasileira, que, recentemente, recebeu uma edição comemorativa do Instituto Guimarães Rosa (Fundação Alexandre de Gusmão, 2022), organizada por Aline Novais de Almeida. A partir desse pressuposto, tentaremos delinear a reação do autor ao uso exclusivo, até então vigente, do padrão europeu em âmbito literário, evidenciando a tentativa utópica de reduzir a relação diglóssica brasileira através do emprego de traços típicos da emergente gramática brasileira na escrita literária, tanto nos diálogos, quanto na narração e descrição...