O texto pode ser enquadrado no gênero crônica e é parte de um conjunto de escritos que produzi durante o primeiro semestre de 2020. Fala sobre as transformações e o medo que elas engendram. Como muda uma casa de herança, o quanto uma neta muda em relação à sua avó. As memórias que nos habitam e enchem os espaços. Neste cenário, a morte, como promessa e eminência de todo vivo é a maior das transformações, a mais dramática, a derradeira. Resta a pergunta de se esta senhora, uma avó de infinitos anos, vestida de capa e de foice é, ainda assim, capaz de fazer o tempo parar de girar, de se repetir e, finalmente, romper o ciclo dos retornos em direção a um novo tão novo, tão inédito, que chega a ser inconcebível