Agrobiodiversidade e segurança alimentar no âmbito dos produtores de tabaco na região sul do Brasil.

A produção de alimentos saudáveis em bases sustentáveis é um dos serviços de maior relevância ofertados pelos agricultores à sociedade, essa cada vez mais consciente da relação direta entre a alimentação e saúde e de seus efeitos sobre a qualidade de vida e a longevidade. A diversidade dos sistemas agroalimentares, a diversidade sociocultural das famílias, a diversidade ecológica e ambiental dos territórios e de genes de interesse embarcada nas variedades crioulas selecionadas ao longo das gerações pelos agricultores, além daquela introduzida pelo melhoramento genético convencional às espécies de interesse agrícola, constituem a base para a superação de desafios globais, como a superação da fome e da pobreza extrema, a mitigação dos impactos das mudanças climáticas e, ainda, para a soberania alimentar. O fortalecimento dos processos de conservação e uso sustentável da biodiversidade tem como lastros os princípios da agricultura de base ecológica, ou seja, da agroecologia. Ampliar os processos de integração das produções animal e vegetal, especialmente considerando-se os sistemas agroflorestais e os sistemas de integração lavoura-pecuária e lavoura-pecuária-floresta, pode se constituir em importante instrumento de conservação e uso sustentável da agrobiodiversidade e, consequentemente, para a sustentabilidade, de uma forma mais ampla. Nesse contexto, esta publicação analisa o processo de diversificação da matriz produtiva em propriedades familiares produtoras de tabaco integradas à empresa Philip Morris, parceira dos projetos Auera e Quintais Orgânicos de Frutas na região Sul do Brasil, bem como construir bases técnicas e estratégias para a conservação e uso sustentável da agrobiodiversidade, contribuindo para o desenvolvimento de sistemas agroalimentares mais resilientes e sustentáveis, valorizando especialmente o papel dos agricultores nesse processo. ODS 2: Fome zero e agricultural sustentável.ODS 2