Perfil hematológico e bioquímico de ovinos da raça Lacaune criadas na Zona da Mata Nordestina

Com o intuito de avaliar a adaptação de ovinos lanados da raça Lacaune ao clima da Zona da Mata Pernambucana, objetivou-se determinar o seu perfil hematológico e bioquímico quando criados nesse clima. Utilizou-se 61 ovinos hígidos, com idade entre três e 24 meses, criados no município de Pombos, Pernambuco. Os animais foram divididos em cinco grupos: G1 (N=14), com idade de três a seis meses, G2 (N=20) entre sete e 12 meses, G3 (N=27) entre 13 e 24 meses, G4 (N=13) compostos por machos e G5 (N=48) por fêmeas pertencentes aos grupos G1, G2 e G3. Foram colhidas, no período da manhã, amostras de sangue e soro para a determinação das análises hematológicas e bioquímicas (proteínas totais, albumina, creatinina, ureia, aspartato aminotransferase - AST, gama glutamil transferase - GGT, fosfatase alcalina - FA, cálcio sérico, fósforo, magnésio e ferro). Verificou-se que os valores médios de hemácias (11,37±0,25x106/mL), volume globular (43,85±0,84%), concentração de hemoglobina corpuscular média (24,40±0,30%) e plaquetas (479,93±35,51x10³/mm³) foram significativamente (p<0,05) maiores nos animais do G1, assim como a albumina (3,24± 0,05mg/dL), GGT (68,15±2,45U/L), FA (557,87±41,17U/L) e ferro (207,84±7,20mg/dL). Já o resultado dos monócitos (1,03±0,22%) foi significativamente (p<0,05) maior nos animais do G2 em comparação aos animais do G1. Não houve diferença significativa (p<0,05) em todos os parâmetros analisados, quando comparados os sexos. Com exceção da ureia, os demais parâmetros avaliados neste estudo estão dentro dos valores de referências preconizados na literatura. A partir dessas análises foi possível determinar os valores de normalidade de ovinos da raça Lacaune criados na Zona da Mata Pernambucana, auxiliando no diagnóstico, prognóstico e nas possibilidades terapêuticas, segundo as faixas etárias estabelecidas