O TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA) E A INCLUSÃO ESCOLAR: OS SENTIDOS DOS PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL

A pesquisa tem o objetivo de compreender o sentido do TEA pelos professores no processo de inclusão numa escola pública do município de Bragança, nordeste do estado do Pará. O conceito de sentido foi definido a partir da perspectiva histórico-cultural, no qual se agregam as ideias culturalmente constituídas e os afetos de uma pessoa, implicando a relação entre o cognitivo e o afetivo. Metodologicamente a pesquisa se estruturou por meio da abordagem qualitativa, do tipo interpretativo descritivo, teve como lócus uma Escola Pública de Ensino Fundamental, no nordeste do Pará, município de Bragança. A amostragem foi constituída por quatro professoras dessa escola, a partir do critério que ministrassem aulas em turmas com discentes identificados com TEA. O procedimento de levantamento ocorreu por meio de entrevista e questionário. Os resultados foram discutidos por meio de categorias temáticas: os sentidos da criança com TEA; a inclusão escolar; a criança com TEA e a prática pedagógica; a formação docente e as práticas inclusivas na escola pública. Sobre o TEA os depoimentos foram direcionados principalmente para o déficit de aprendizagem e dificuldades de interação social. Na questão da educação inclusiva os relatos se direcionaram para a ideia de aceitação das diferenças e envolvimento de todos, porém, na concretude das atividades cotidianas do fazer pedagógico na escola, apontaram as dificuldades e desafios para uma prática inclusiva: falta de apoio, de recursos e de formação. Portanto, é preciso ter políticas inclusivas eficazes, com condições de trabalhos pedagógicos, assim como, formações em serviço