O final da II Guerra Mundial deu início a uma época de renovação e amadurecimento da assistência técnica internacional, fenómeno que, apesar de não ter tido início nesta fase, adquire nela novos contornos e uma maior visibilidade. Este artigo pretende analisar o modo como o Estado Novo olhou para o fenómeno da assistência técnica internacional e procurou gerir as suas consequências e implicações, sobretudo ao nível da Administração Pública. Defende que Portugal não fica de fora do processo de transferência de conhecimentos que tem lugar no segundo pós-guerra, aceitando pragmaticamente, se bem que com algumas condições, a presença de peritos externos. Argumenta, igualmente, que estas condições não diferiam em grande medida daquelas que eram ...