Classicism in the history of criticism: Theory and practice

Propomos uma revisão da análise das diferentes tendências do classicismo entre os séculos XVI e XVIII no âmbito da história da crítica. Se, por um lado, o estudo desse período foi caracterizado como “tarefa antiquária” pela proposta historiográfica de René Wellek em razão da semelhança das fontes e princípios que fundamentam a recepção dos textos, argumentamos que a origem textual comum não é capaz de assegurar de modo definitivo as contorções a que a doutrina clássica esteve sujeita. Para demonstrá-lo, examinaremos a relação estabelecida entre os critérios de elaboração e apreciação da poesia, conforme expostas pelos tratados e artes poéticas daquele período, e as autoridades clássicas cujas ideias eles reivindicam, à luz de uma reavaliação da noção aristotélica de tópica.We propose a review of the analysis of the different trends of classicism between the 16th and 18th centuries in the context of the history of criticism. If, on the one hand, the study of this period was deemed as an “antiquarian task” by the historiographic proposal of René Wellek due to the similarity of the sources and principles that underlie the reception of the texts, we argue that the common textual origin is not capable of ensuring the contortions to which the classical doctrine was subjected. To demonstrate this, we will examine the relationship between the criteria for the elaboration and appreciation of poetry, as exposed by the treatises and arts of poetry from that period, and the classical authorities whose ideas they claim, in the light of a reassessment of the Aristotelian notion of topics