Prevenir diagnósticos equivocados: uma proposta de avaliação compreensiva e contextual

Este artigo enfoca a problemática da máxi-representação de crianças pobres em programas de educação especial e o previsível fracasso escolar dessas mesmas crianças. Diante das variáveis de “diagnóstico”, “prevenção” e “tratamento” torna-se impossível não visualizar a crescente problemática de assegurar uma educação de qualidade para todos, independentemente dos fatores sócio-econômicos e das características físicas, motoras, emocionais e sensoriais de cada indivíduo. A vulnerabilidade educacional ao fracasso escolar das crianças vindas dos extratos menos favorecidos da população, como também das crianças com necessidades de respostas educacionais adequadas para a sua aprendizagem, evidencia a extrema urgência de um escrutínio das práticas pedagógicas que ocorrem nas salas de aula, como também das práticas relacionadas ao diagnóstico e encaminhamento ao ensino especial. Para atingir esse objetivo, o presente artigo também discute o conceito de “deficiência” enquanto um constructo social